8 de set. de 2010

O "GLORIOSO" CAPIVARA !!

Você conhece o Hydrochoerus Hydrochoeris? Trata-se do grande roedor da família dos cavídeos, que os índios tupi-guaranis chamavam de kapi’wara ("comedor de capim"). É esse mesmo, nosso amigo e companheiro Capivara! O que seria do mundo do Xadrez sem ele?? O conceito de Capivara é abrangente: Capivara é todo jogador que, acreditamos jogar menos que nós. Por isso, você pode chamar muitos de Capivara mas tenha certeza, também já foi (e é) chamado de Capivara por muitos jogadores. Os Enxadristas são muito inteligentes e jamais tropeçam na mesma pedra 2 vezes; o que acontece, às vezes, e que não se lembram onde estava a primeira pedra...
Mas será que isso significa que existe um abismo intransponível entre o Mestre e o Capivara? Sim e Não!! A história registra poucos e efêmeros instantes em que o humilde Capivara, aquele anônimo amador alcançou a glória ao bater o Mestre. Essa possibilidade é remotíssima numa partida com controle de tempo maior ( duas horas) mas aumenta um pouco em partidas rápidas . A grande chance do Capivara obter um sorriso acontece em partidas de cinco minutos ("Blitz" ou "Relâmpago") e principalmente, nas exibições simultâneas. Todos nós já perdemos uma partida de 5 minutos para um insignificante (ao nosso ver) jogador que acreditamos piedosamente ser muito, mas muito pior que nós! As simultâneas são a grande oportunidade do Capivara jogar todas as fichas... Um Mestre enfrenta entre 30 e 50 (as vezes mais) tabuleiros numa sessão de quatro a cinco horas. A dificuldade de se concentrar e a tendência a menosprezar que emanam da desprivilegiada e pobre mente enxadrística do Capivara proporciona a grande chance de sua vida!!! Parece mentira mas até a "máquina" Capablanca perdeu em pouquíssimos lances numa exibição simultânea, é claro. A autora da proeza foi a senhorita Mary Bain em Hollywood... Eu mesmo venci o GM Gilberto Milos (??) numa simultânea em Goiânia quando ele bateu o record brasileiro...

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